Há 50 anos, no dia 18 de setembro de 1973, criava-se as bases de criação do Programa Nacional de Imunizações, nosso PNI. Hoje, 50 anos depois, o reconhecemos com um dos maiores programas de vacinação pública do mundo.
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Até sua criação a vacinação nos estados e municípios era descentralizada, o que refletia nas baixas coberturas vacinais pelo país.
Hoje, com mais de 300 milhões de doses distribuídas por ano e mais de 30 mil salas de vacinas, o PNI é responsável por centralizar tudo o que diz respeito ao programa de vacinação, como o planejamento para compra das doses, a incorporação de novas vacinas, a rede de frio para armazenamento, a compra dos insumos e o lançamento das campanhas de vacinação.
Imune a governos
Um dos segredos de sucesso do PNI, além da qualidade e o envolvimento dos profissionais, é sua forte resistência às mudanças de governo, independentemente do perfil ideológico e omissões.
Prova disso foi o que ocorreu na última gestão federal que, ao questionar a eficácia dos imunizantes, instalou o medo e a hesitação vacinal na população e afetou também as demais vacinas do calendário.
Embora a curva de declínio tenha iniciado em 2015, todas as coberturas vacinais do país ficaram abaixo do esperado, e isso foi agravado pela conduta governamental.
Dia Mundial da Segurança do Paciente
Neste ano, a Organização Mundial da Saúde definiu celebrar o Dia Mundial da Segurança do Paciente em 17 de setembro com o tema “Engajar pacientes para a segurança do paciente”.
A data é importante para aumentar a conscientização global sobre a necessidade do envolvimento ativo dos pacientes e suas famílias e cuidadores no tema.
Além desses, lembra a necessidade de envolver formuladores de políticas, profissionais de saúde, sociedade civil e outras partes interessadas nos esforços para incorporar a voz dos pacientes nas políticas e práticas de cuidados de saúde seguros.
Segurança, riscos e hospitais
Claro que em todo o cenário de cuidado de pessoas esse deve ser um tema permanente e de busca de melhorias do cuidado, mas é nos hospitais onde isso se mostra mais crítico e necessário.
“Hospital é um ambiente perigoso” dizia um conhecido psiquiatra americano com experiência em avaliação de segurança em saúde ao lembrar dos diferentes momentos de risco a que os pacientes são submetidos. Da ergonomia de um mero leito de hospital inadequado (risco de queda) a uma medicação prescrita ou administrada de modo equivocada (farmacovigilância).
Todo o hospital deveria ter um comitê ou grupo especializado em segurança de paciente na sua organização e vinculada a gestão e governança da instituição. Pense nisso como profissional e como usuário a próxima vez que você estiver interagindo com essas.
Prevenção do câncer
Doença que vemos de modo crescente e cada vez mais cedo em muitas pessoas, o câncer é responsável hoje por cerca de 10 milhões de mortes no mundo a cada ano, número inferior apenas ao total de óbitos resultantes de doenças cardiovasculares, em geral associada aos hábitos de vida e a exposição a agentes carcinógenos.
Recentemente o médico oncologista Fernando Maluf do Hospital Israelita Albert Einstein deu algumas dicas em outro veículo de imprensa de como prevenir o câncer. Faço questão de reproduzir e referendá-las aqui.
10 maneiras de se viver mais e melhor e sem câncer
Dos exames ao controle de estresse, como a matéria de O Globo descreve, seguem as dicas: controle da obesidade, abandono completo do cigarro, incluindo os cigarros eletrônicos, pratique exercícios físicos de modo regular, realize exames de rastreamento, controle o estresse, atente-se à poluição como fator de risco, reavalie o consumo de bebida alcoólica, cuide da sua alimentação e garanta o sono necessário.
Na próxima coluna abordamos cada aspecto com detalhes.